segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Desperdicio da água

Agronegócio é responsável por 60% do desperdício de água no país, aponta consultoria

José Carlos Mattedi
Repórter da Agência Brasil




José Cruz/ABr

Brasília - Um balão da Organização Não-Governamental (ONG) WWF, no gramado do Congresso Nacional, lembra o Dia Mundial da Água
Brasília - A irrigação no agronegócio é responsável por 60% do desperdício de água no Brasil, vindo em seguida o setor industrial (26%) e, por fim, o consumo humano (14%). O estudo foi feito pela empresa de consultoria especializada em uso racional da água H2C e divulgado no Dia Mundial da Água, comemorado hoje (22).

No consumo doméstico, os três principais motivos para desperdício de água em domicílios são o chuveiro (46% de perda), a torneira de cozinha (14%) e o vaso sanitário (14%). Juntos, os três respondem por 74% da perda cotidiana de água numa residência. Os demais 26% de desperdício são provocados por outros motivos.

A consultoria também indica dez mandamentos para economizar o produto em casa. “São os dez mandamentos da economia doméstica, e que funcionam. Obedecendo a essas dicas, o consumidor ajuda a economizar um produto finito e não renovável”, explica o consultor e especialista em programas de racionalização de consumo de água da H2C, Paulo Costa.

O consultor assinala que, em média, um brasileiro consome 340 litros por dia de água nas metrópoles, muito acima do que a Organização das Nações Unidas (ONU) aponta como necessário. No Egito, o consumo diário é de 40 litros, e na Etiópia, de 1 litro por pessoa.

“Lamentavelmente, a sociedade civil e o poder público ainda têm uma visão míope sobre a questão do consumo da água. A educação ambiental é a chave para uma conscientização a longo prazo, e deve começar com as crianças no ensino fundamental”, ressalta Costa, acrescentando que países como França, Estados Unidos, Alemanha, Suécia e Japão já têm a educação ambiental como matéria obrigatória no currículo escolar.

Consumo da água

Água fornecida para abastecimento humano


Água em estado sólido flutua na água em estado líquido.
Água da torneira (água canalizada)
A água canalizada pode ter várias origens. Normalmente provém de águas subterrâneas ou superficiais, que são captadas em estações de tratamento, tratadas (coagulação, floculação, decantação, filtração com posterior cloração) e canalizadas para distribuição.
Água mineral
Água mineral é um tipo de água caracterizada por ser uma água do subsolo e por ter um nível relativamente constante de sais minerais e outros compostos. A água mineral não é acrescida de sais ou quaisquer outros elementos, tais como os aditivos.
Alguns tipos de água mineral:
• Alcalina: Possui o mineral bicarbonato de sódio;
• Ferruginosa: Apresenta partículas de ferro na composição;
• Sulfurosa: Possui partículas de enxofre;
• Magenesiana: Possui partículas de magnésio.
Água de mina
Água que deriva de uma formação subterrânea, da qual a água corre naturalmente para a superfície terrestre. As águas de nascente fazem parte deste grupo de águas engarrafadas. É de salientar que águas de diferentes minas podem ser vendidas sob a mesma marca registada.
Água purificada
Água subterrânea ou de superfície previamente tratada para se adequar na íntegra ao consumo humano. É basicamente igual à água das torneiras, porém adicionada de sais minerais para imitar a água mineral verdadeira.
Água artesiana
Água que vem de poços profundos e que é aproveitada para consumo. Água gaseificada
Água que sofre um tratamento e adicionamento de dióxido de carbono. No fim do seu tratamento terá a mesma quantidade de dióxido de carbono que teria na fonte donde foi extraída.
Água não gaseificada artificialmente
Água que não sofre adição de dióxido de carbono, ou seja é retirada da sua fonte naturalmente com dióxido de carbono.
Conteúdo mineral
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), não existem directrizes indicando a recomendação de concentrações mínimas nas águas engarrafadas ditas medicinais. Existe também algum debate em relação ao factor nutricional mineral da água engarrafada comparada à água de torneira.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

poluiçao da agua

Quando a quantidade de lixo é maior do que a quantidade de depuração da água, dizemos que a água está poluida.

Poluição das águas é um tipo de poluição causado pelo lançamento de esgoto residencial ou industrial não tratados em cursos de água (rios, lagos ou mares) ou ainda pelo lançamento de fertilizantes agrícolas, em quantidade demasiada alta que o corpo da água não pode absorver naturalmente. A poluição altera as características da água enquanto a contaminação pode afetar a saúde do consumidor da água. Assim uma água pode estar poluída sem estar contaminada.

metodos de tratamento da agua

Água mineral
Água mineral

* Separação/Filtração - embora não sejam suficientes para purificar completamente a água, são uma etapa preliminar necessária.

* Armazenamento - a água pode ser armazenada em reservatórios por períodos que variam entre alguns dias e muitos meses para permitir que a purificação biológica natural ocorra. Isto é especialmente importante se o tratamento for feito por filtros de areia, de acção lenta. A água assim filtrada está tratada pela remoção de todos os organismos microscópicos incluindo protozoários e bactérias. A este segue, geralmente, um estágio de desinfecção para eliminar todas as bactérias e vírus residuais.

* Filtros de areia rápidos - o uso de filtros de areia de acção rápida, é o tipo mais comum de tratamento físico da água, para os casos de água de elevada turvação. Em casos em que o gosto e o odor possam vir a constituir um problema, o filtro de areia pode incluir uma camada adicional de carvão activado. Recorde-se que os filtros de areia ficam obstruídos após um período de uso e devem ser lavados.

* Desinfecção - A maior parte da desinfecção de águas no mundo é feita com gás cloro. Porém, outros processos tais como hipoclorito de sódio, dióxido de cloro, ozônio ou luz ultravioleta, também são utilizados em menor escala, dada a complexidade, alto custo e eficácia aquém das necessidades sanitárias do mundo atual.Antes de ser bombeada para os tanques de armazenamento e para o sistema de distribuição aos consumidores, equipamentos de cloração garantem a manutenção de uma quantidade de cloro residual, que continua exercendo a sua função de desinfectante até o destino final. A cloração de águas para consumo humano é considerada um dos maiores avanços da ciência nos últimos dois séculos, podendo ser comparada com a descoberta da penicilina ou mesmo a invenção do avião.

fabricando a chuva

Fabricando a chuva

Simulação do ciclo da água em sistema fechado (fig.1). Observar o ciclo evaporação-condensação tendo com fonte de energia o sol.


Material - 1 aquário (cuba ou bacia) com água + corante

- 1 proveta (copo, béquer)

- 1 funil

- película plástica (filme)

- algodão, fita crepe

experimento

Procedimento

Colocar água misturada com corante no aquário até a altura aproximada de 3 cm.

No centro do aquário (fig. 1), colocar a proveta graduada com o funil, que servirá para coletar a água condensada. Cobrir o aquário com a película de plástico de forma que o sistema seja vedado fazendo uma inclinação em direção ao funil. Colocar sobre a película uma camada fina de algodão que deverá ser mantida úmida durante o experimento para que esta área permaneça resfriada. Montar o experimento em local que pegue luz solar durante o período de observação. Em dias ensolarados é necessário no mínimo duas horas de exposição para se obter um resultado significativo.

Quais as transformações que você conseguiu identificar neste sistema?

ciclo da agua na natureza

Introdução:

No ambiente a água apresenta-se nos estados líquido, sólido (gelo) e gasoso (vapor) estando em constante interação com o solo, a atmosfera, a vegetação e a fauna. A compreensão desta interação não é simples, pois a água muda de estado em muitas ocasiões e em outras sua existência não é evidente, como por exemplo, quando se infiltra, deixando o solo úmido ou quando se torna invisível, na forma de vapor. A água pode estar armazenada no subsolo e também é parte integrante dos seres vivos, onde sua presença não é evidente à primeira vista. Pode-se imaginar que a água pratica um verdadeiro jogo de esconde-esconde conosco sendo um desafio identificá-la sempre que está presente.

O objetivo deste módulo é habilitar o aluno a identificar a água em seus estados e entender como ocorrem as transformações - mudanças de estado físico - identificando-as no seu cotidiano, tanto em fenômenos naturais como os decorrentes de atividades humanas.

estados fisicos da água

A água encontra-se em diversos estados físicos. Na atmosfera ela está em estado gasoso, proveniente da evaporação de todas as superfícies úmidas – mares, rios e lagos; em estado líquido é a mais usual forma da água, encontrada nos grandes depósitos do planeta, nos oceanos e mares (água salgada), nos rios e lagos (água doce) e também no subsolo, constituindo os chamados lençóis freáticos. Para finalizar, também encontramos a água no estado sólido, nas regiões frias do planeta, os polos e as grandes altitudes. Do estado gasoso, presente na atmosfera, a água se precipita em estado líquido, como chuva, orvalho ou nevoeiro, ou em estado sólido, como neve ou granizo. Ver também o ciclo da água.
Certas águas continentais são enquadradas genericamente como água doce e até inequivocamente estudadas como então, embora apresentem pequenas mas evidentes concentrações de sais metálicos, ou seja alguma salinidade, portanto devendo ser vistas como águas de "baixa salobridade" ou até mesmo "águas oligo-halinas continentais". São águas que percorrem solos (internos e/ou expostos), contendo carbonatos de cálcio, magnésio e sódio, entre outros sais. Apresentam dureza e alcalinidade bem mais elevada que as normalmente denominadas de "doce". Um exemplo típico é a maioria das águas localizadas na região da Serra da Bodoquena (Mato Grosso do Sul, Brasil), com alcalinidade e dureza variando de 150 mg CaCO3/L até acima de 300 mg CaCO3/L.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

INTEMPERISMO FISICO E QUIMICO

INTEMPERISMO FÍSICO

Envolve processos que conduzem à desagregação da rocha, sem que haja necessariamente uma alteração química maior dos minerais constituintes. Os principais agentes do intemperismo físico são variação de temperatura, cristalização de sais, congelamento da água, atividades de seres vivos.
a) Variação da temperatura: Com o aumento da temperatura os minerais sofrem dilatação, desenvolvendo pressões internas que desagregam os minerais e desenvolvem microfraturas, por onde penetrarão a água, sais e raízes vegetais.
b) Cristalização de sais: O sal trazido pela maresia, se cristaliza nas fraturas, desenvolvendo pressões que ampliam efeito desagregador
c) Atividades biológicas: as raizes de arvores podem trabalhar como agentes intempéricos. Elas atuam como forma motriz para abrir canais para que outros agentes intempéricos atuem nas rochas.

INTEMPERISMO QUÍMICO

Implica em transformações químicas dos minerais que compõem a rocha. O principal agente do intemperismo químico é a água. Os feldspatos e micas são transformados em argilas, ao passo que o quartzo permanece inalterado. Os principais mecanismos do intemperismo químico são: oxidação, dissolução, hidrólise, hidratação e carbonatação.
A ação das soluções aquosas sobre o feldspato e sobre a mica biotita, leva à produção de argilas e à formação do solo. A principal argila formada é o caulim, que é branco quando puro, o que o acontece muito raramente. A cor vermelha do solo se deve aos óxidos de Ferro e Manganês liberados pela alteração da biotita e outros minerais que possuem estes elementos químicos em sua fórmula.
Na superfície, o solo é mais rico em argila e matéria orgânica. A medida que se aprofunda aumenta o número de cristais de feldspato, os quais já se encontram em processo de desagregação e de alteração química.
Solos arenosos

Os solos arenosos têm boa aeração, a água e o ar penetram com mais facilidade nele, plantas e microorganismos se desenvolvem mais. O solo arenoso possui teor de areia superior a 70%, mas também possui argila e outros compostos em menor percentagem. É um solo permeável, mas como tem boa aeração não retém água, necessitando de cuidados especiais para o plantio de culturas.

Solos arenosos

Os solos arenosos têm boa aeração, a água e o ar penetram com mais facilidade nele, plantas e microorganismos se desenvolvem mais. O solo arenoso possui teor de areia superior a 70%, mas também possui argila e outros compostos em menor percentagem. É um solo permeável, mas como tem boa aeração não retém água, necessitando de cuidados especiais para o plantio de culturas.
Solos siltosos

Solo humífero

Esse solo apresenta uma quantidade maior de húmus em relação aos outros. É um solo geralmente fértil, ou seja, um solo onde os vegetais encontram melhores condições para se desenvolverem. Possui cerca de 10% de humo em relação ao total de partículas sólidas. A presença de humo dá uma coloração, em geral, escura, contribui para sua capacidade de reter água e sais minerais e aumenta sua porosidade e aeração.

Solo calcário

A quantidade de calcário nesse tipo de solo é maior que em outros solos. Desse tipo de solo é retirado um pó branco ou amarelado, que pode ser utilizado na fertilização dos solos destinados à agricultura e à pecuária.
Esse solo também fornece a matéria-prima (substância principal com que é fabricada) para a fabricação de cal e do cimento, que são utilizados na construção de edifícios, casa, muros, calçadas e pontes.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Cadeia alimentar e Teia alimentar

CADEIA ALIMENTAR
A cadeia alimentar ou trófica é a maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de uma comunidade, iniciando-se nos produtores e passando pelos herbívoros, predadores e decompositores, por esta ordem. Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de nutrientes(a energia diminui ao longo da cadeia alimentar), sempre no sentido dos produtores para os decompositores. No entanto, a transferência de nutrientes fecha-se com o retorno dos nutrientes aos produtores, possibilitado pelos decompositores que transformam a matéria orgânica em compostos mais simples, pelo que falamos de um ciclo de transferência de nutrientes. A energia, por outro lado, é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia alimentar para sustentar as suas funções, não sendo reaproveitável. Esse processo é conhecido pelos ecologistas como fluxo de energia.
A posição que cada um ocupa na cadeia alimentar é um nível hierárquico que os classifica entre produtores (como as plantas), consumidores (como os animais) e decompositores (fungos e bactérias).
Porque frequentemente cada organismo se alimenta de mais de um tipo de animais ou plantas, as relações alimentares (também conhecidas por relações tróficas) tornam-se mais complexas, dando origem a redes ou teias alimentares, em que as diferentes cadeias alimentares se inter-relacionam.
O primeiro nível trófico é constituído pelos seres autotróficos, também conhecidos por produtores, capazes de sintetizar matéria orgânica a partir de substâncias minerais e fixar a energia luminosa sob a forma de energia química. Os organismos deste nível são as plantas verdes, as cianófitas ou cianofíceas (algas verde-azuladas ou azuis) e algumas bactérias que, devido à presença de clorofila (pigmento verde), podem realizar a fotossíntese. Estes organismos são também conhecidos por produtores primários.
Os níveis seguintes são compostos por organismos heterotróficos, ou seja, aqueles que obtêm a energia de que precisam de substâncias orgânicas produzidas por outros organismos. Todos os animais e fungos são seres heterotróficos, e este grupo inclui os herbívoros, os carnívoros e os decompositores.
Os herbívoros são os organismos do segundo nível trófico, que se alimentam diretamente dos produtores (por exemplo, a vaca). Eles são chamados de consumidores primários; os carnívoros ou predadores são os organismos dos níveis tróficos seguintes, que se alimentam de outros animais (por exemplo o leão). O carnívoro, que come o herbívoro, é chamado de consumidor secundário. Existem seres vivos que se alimentam em diferentes níveis tróficos, tal como o Homem que inclui na sua alimentação seres autotróficos, como a batata, e seres herbívoros como a vaca.
Os decompositores são organismos que se alimentam de matéria morta e excrementos, provenientes de todos os outros níveis tróficos. Este grupo inclui algumas bactérias e fungos. O seu papel num ecossistema é muito importante uma vez que transformam as substâncias orgânicas de que se alimentam em substâncias minerais. Estas substâncias minerais são novamente utilizáveis pelas plantas verdes, que sintetizam de novo matéria orgânica, fechando assim o ciclo de utilização da matéria.
Exemplos de cadeia alimentar
Terrestre:
Folhas de uma árvore -> Gafanhoto -> Ave -> Jaguatirica -> Decompositores
Aquática:
Algas -> Caramujos -> Peixes -> Carnívoros -> Aves aquáticas -> Decompositores.
Teia Alimentar
Como já abordamos o tema cadeia alimentar, podemos fechar esse tópico complementando-o com o conceito de teia alimentar.
Vimos como os animais e plantas podem fazer parte de uma cadeia alimentar. Porém, tais seres vivos não participam necessariamente de apenas uma cadeia, podendo pertencer, simultaneamente, a mais de uma. Aliás, essa é a situação mais verificada. Mais ainda, esses animais pertencem a cadeias alimentares diversas, e se posicionam em diferentes níveis tróficos.
Com esses comentários, podemos definir teia alimentar como uma reunião de cadeias alimentares. Ou, de outro modo, teia alimentar é o fluxo de matéria e energia que passa, num ecossistema, dos produtores aos consumidores por numerosos caminhos opcionais que se cruzam (ou seja, várias cadeias que se interligam). A teia alimentar representa o máximo de relações entre os componentes de uma comunidade,
Consideremos uma lagoa. Podemos observar nela uma cadeia alimentar, que seria:

A origem da terra

Formação do planeta Terra
O planeta teria se formado pela agregação de poeira cósmica em rotação, aquecendo-se depois, por meio de violentas reações químicas. O aumento da massa agregada e da gravidade catalisou impactos de corpos maiores. Essa mesma força gravitacional possibilitou a retenção de gases constituindo uma atmosfera primitiva.
O envoltório atmosférico primordial atuou como isolante térmico, criando o ambiente na qual se processou a fusão dos materiais terrestres. Os elementos mais densos e pesados, como o ferro e o níquel, migraram para o interior; os mais leves localizaram-se nas proximidades da superfície. Dessa forma, constituiu-se a estrutura interna do planeta, com a distinção entre o núcleo, manto e crosta (litosfera). O conhecimento dessa estrutura deve-se à propagação de ondas sísmicas geradas pelos terremotos. Tais ondas, medidas por sismógrafos, variam de velocidade ao longo do seu percurso até a superfície, o que prova que o planeta possui estrutura interna heterogênea, ou seja, as camadas internas possuem densidade e temperatura distintas.
A partir do resfriamento superficial do magma, consolidaram-se as primeiras rochas, chamadas magmáticas ou ígneas, dando origem a estrutura geológica denominado escudos cristalinos ou maciços antigos. Formou-se, assim, a litosfera ou crosta terrestre. A liberação de gases decorrentes do resfriamento do planeta originou a atmosfera, responsável pela ocorrência das primeiras chuvas e pela formação de lagos e mares nas áreas rebaixadas. Assim, iniciou-se o processo de intemperismo (decomposição das rochas) responsável pela formação dos solos e conseqüente início da erosão e da sedimentação.
As partículas minerais que compõem os solos, transportados pela água, dirigiram-se, ao longo do tempo, para as depressões que foram preenchidas com esses sedimentos, constituindo as primeiras bacias sedimentares (bacias sedimentares são depressões da crosta, de origem diversa, preenchidas, ou em fase de preenchimento, por material de natureza sedimentar), e, com a sedimentação (compactação), as rochas sedimentares. No decorrer desse processo, as elevações primitivas (pré-cambrianas) sofreram enorme desgaste pela ação dos agentes externos, sendo gradativamente rebaixadas. Hoje, apresentam altitudes modestas e formas arredondadas pela intensa erosão, constituindo as serras conhecidas no Brasil como serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço, de Parima, Pacaraíma, Tumucumaque, etc, e, em outros países, os Montes Apalaches (EUA), os Alpes Escandinavos (Suécia e Noruega), os Montes Urais (Rússia), etc. Os escudos cristalinos ou maciços antigos apresentam disponibilidade de minerais metálicos (ferro, manganês, cobre), sendo por isso, bastante explorados economicamente.
Nos dobramentos terciários podem haver qualquer tipo de minério. O carvão mineral e o petróleo são comumente encontrados nas bacias sedimentares. Já os dobramentos modernos são os grandes alinhamentos montanhosos que se formaram no contato entre as placas tectônicas em virtude do seu deslocamento a partir do período Terciário da era Cenozóica, como os Alpes (sistema de cordilheiras na Europa que ocupa parte da Áustria, Eslovênia, Itália, Suíça, Liechtenstein, Alemanha e França), os Andes (a oeste da América do Sul), o Himalaia (norte do subcontinente indiano), e as Rochosas.
Crosta
A crosta (que forma a maior parte da litosfera) tem uma extensão variável de acordo com a posição geográfica. Em alguns lugares chega a atingir 70 km, mas geralmente estende-se por aproximadamente 30 km de profundidade. É composta basicamente por silicatos de alumínio, sendo por isso também chamada de Sial.
Existem doze tipos de crosta, sendo os dois principais a oceânica e a continental, sendo bastante diferentes em diversos aspectos. A crosta oceânica, devido ao processo de expansão do assoalho oceânico e da subducção de placas, é relativamente muito nova, sendo a crosta oceânica mais antiga datada de 160 Ma, no oeste do pacífico. É de composição basáltica e é cobertas por sedimentos pelágicos e possuem em média 7km de espessura.
A crosta continental é composta de rochas félsicas a ultramáficas, tendo composição média granodiorítica e espessura média entre 30 e 40km nas regiões tectonicamente estáveis (crátons), e entre 60 a 80km nas cadeias montanhosas como os Himalaias e os Andes. As rochas mais antigas possuem até 3,96 Ma e existem rochas novas ainda em formação.
A fronteira entre manto e crosta envolve dois eventos físicos distintos. O primeiro é a descontinuidade de Mohorovicic (ou Moho) que ocorre em virtude da diferença de composição entre camadas rochosas (a superior contendo feldspato triclínico e a inferior, sem o mesmo). O segundo evento é uma descontinuidade química que foi observada a partir da obdução de partes da crosta oceânica.
Atmosfera

Ver artigo principal: Atmosfera.
A Terra tem uma atmosfera relativamente fina, composta por 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de argônio, mais traços de outros gases incluindo dióxido de carbono e água. A atmosfera age como uma zona intermediária entre o Sol e a Terra. Suas camadas, troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera, têm dimensões variáveis ao redor do planeta e de acordo com a estação do ano
Hidrosfera
Ver artigo principal: Hidrosfera.
A Terra é o único planeta do Sistema Solar que contém uma superfície com água. A água cobre 71% da Terra (sendo que disso 97% é água do mar e 3% é água doce mas grande parte destes 3% encontram-se nos calotes polares e nos lençóis freáticos). A água proporciona, através de 5 oceanos, a divisão dos 7 continentes. Fatores que combinaram-se para fazer da Terra um planeta líquido são: órbita solar, vulcanismo, gravidade, efeito estufa, campo magnético e a presença de uma atmosfera rica em oxigênio.
Atualmente, cerca de 20% de toda a água da terra encontra-se nas geleiras e nas calotas polares